Durante o Tour de France, todos os olhos estão voltados para Tadej Pogacar, o ciclista que veste a camisa amarela e tem sido destaque nas manchetes ao longo do ano.
Seu agente, Alex Carera, está na França acompanhando o sucesso de Pogacar e expressou suas opiniões sobre a relação entre o dinheiro e o ciclismo em uma entrevista ao canal belga Sporza.
“Cinco, seis, oito milhões de Euros por temporada”
“Um atleta fica rico se vai ao supermercado e não precisa olhar o preço dos produtos. O ciclismo é um esporte modesto no qual você não deve olhar para o dinheiro. Se você for o melhor do mundo, o dinheiro virá automaticamente”, afirmou Carera.
“Cinco, seis, oito milhões (milhões por temporada)… Ninguém nunca recebeu tanto quanto ele (Pogacar). Mas não acho que alguém possa dizer que é injusto. Posso dizer que ele ganha muito bem, mas pelo seu valor e por tudo o que faz, ele ainda não ganha o suficiente.”
Estrutura favorável na UAE Team Emirates
O agente também mencionou que a estrutura da UAE Team Emirates, equipe de Pogacar, contribui para que ele tenha um salário inigualável no ciclismo. Carera tem grande influência nas negociações salariais e expressou uma visão negativa sobre a proposta de um teto orçamentário para equipes de ciclismo.
“Isso não faz sentido”, disse o gerente com firmeza. “Se você limitar um orçamento, é o mesmo que dar peso extra a Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard ou Remco Evenepoel durante uma etapa de montanha.”
Estabelecer limites é estúpido
Carera argumenta que é necessário trabalhar para aumentar a popularidade do ciclismo em vez de impor limites. Ele citou exemplos de grandes marcas que investiram no esporte recentemente, como Red Bull, Tudor e Decathlon, sugerindo que o crescimento da popularidade do ciclismo deve ser a prioridade. “Estabelecer limites é realmente estúpido”, concluiu Carera.