“Pablo Torres é o novo Alberto Contador, o novo Indurain” jovem prodígio da UAE entusiasma ex ciclista espanhol
Desde a aposentadoria de Alberto Contador, o ciclismo espanhol enfrenta uma seca de vitórias nas grandes voltas. Desde que Contador venceu o Giro d’Italia em 2015, nenhum espanhol conseguiu levantar os braços nos dias finais do Giro, Tour ou Vuelta.
Enric Mas, apesar de seus esforços, conseguiu chegar ao pódio em três edições da Vuelta, mas ainda não alcançou o passo decisivo para o topo, enfrentando uma concorrência acirrada.
Juan Ayuso: Uma Promessa Sob Pressão
A maior estrela do ciclismo espanhol é Juan Ayuso, o jovem e talentoso ciclista da UAE Team Emirates. Ayuso carrega um enorme peso nos ombros devido às expectativas da torcida espanhola.
Apesar de estar cercado por outros grandes ciclistas, como Tadej Pogacar, João Almeida e Adam Yates, ele lida com a pressão de continuar a tradição de sucesso dos ciclistas espanhóis em Grand Tours.
“Pablo Torres é o novo Indurain, o novo Contador”
Pensando no médio prazo, surge Pablo Torres como a grande esperança espanhola para brilhar nos Grand Tours no futuro. Torres demonstrou grande potencial no último Tour de l’Avenir, onde quebrou o recorde no mítico Colle delle Finèstre com somente 18 anos de idade.
Durante a apresentação da última Vuelta a España, o ex-sprinter espanhol Miguel Ángel Martín Perdiguero, com 21 vitórias profissionais e vencedor da Volta a Catalunya 2004, falou com entusiasmo sobre Torres em entrevista ao jornal espanhol Marca.
“Está claro para mim que Pablo Torres é o novo Indurain, o novo Contador, o novo Perico… ele é o futuro do ciclismo espanhol”.
Embora Torres esteja cercado de grandes estrelas em sua equipe, a UAE Team Emirates claramente evita colocar sobre ele uma pressão excessiva, permitindo que o espanhol desenvolva seu talento naturalmente. outros companheiros carreguem os holofotes nos próximos anos.
Fortes críticas à nova gestão do ciclismo espanhol
Perdiguero também comentou sobre a recente controvérsia envolvendo o novo técnico da seleção espanhola, José Viciozo, criticando sua abordagem. Segundo ele, ciclistas como Óscar Freire e Alejandro Valverde, que demonstraram vontade em treinar a equipe espanhola em Campeonatos Mundiais, poderiam ser os líderes deste time.
“Tanto o Freire (Óscar) quanto o Valverde (Alejandro) e qualquer um que tenha competido em tantos Mundiais e obtido bons resultados podem fazer um bom trabalho,” argumenta.
Ainda assim, Perdiguero não poupou críticas à forma como a gestão da Federação Espanhola tem lidado com essas lendas do ciclismo.
“O que não vejo com bons olhos é brincar com eles, como tem sido feito. Se alguém te diz algo, é preciso fazer. Não se pode causar o dano que está sendo causado a esses nomes.”