“Pogacar não vencerá corridas como a Paris-Roubaix apenas com força e classe” afirma vencedor de 2 etapas do Tour de France
Visivelmente exausto após percorrer extenuantes 259,2 km na temida Paris-Roubaix, Tadej Pogacar (UAE-Emirates-XRG) não escondeu a dureza da prova. “Essa foi uma das corridas mais difíceis da minha carreira”, confessou o esloveno à imprensa.
Apesar do desgaste extremo, Pogacar demonstrou sua garra e ambição, declarando seu desejo de retornar e conquistar a vitória no “Inferno do Norte”.
“Quantos ciclistas terminam em 2º na primeira participação?”
A estreia de Pogacar nas implacáveis estradas de paralelepípedos francesas foi considerada um sucesso pelo vencedor de 2 etapas do Tour de France e especialista do Eurosport, Jens Voigt. “Quantos ciclistas terminam em 2º na primeira participação?”, questionou o ex-ciclista, enfatizando a raridade de tal feito.
Voigt elogiou a performance do esloveno, afirmando que ele se saiu “incrivelmente bem” e se “vendeu muito, muito bem”, mesmo correndo sem “nenhuma interação humana” em momentos cruciais.

“Pogacar não consegue vencer corridas tão especiais apenas com força e classe”
No entanto, Voigt alertou para um fator determinante na busca por vitórias em monumentos como o Paris-Roubaix: a necessidade de um suporte de equipe robusto.
“Ele não consegue vencer corridas tão especiais apenas com força e classe”, enfatizou o especialista. “Ele precisa de uma equipe que também faça parte do trabalho preparatório. Isso faltou um pouco.”

A análise de Voigt se confirmou no decorrer da prova. Nos trechos de paralelepípedos, onde a batalha se intensificou, Pogacar se viu isolado. Seu principal gregário, Nils Politt, foi deixado para trás devido a um problema mecânico na icônica Floresta de Arenberg.
Em contrapartida, seu principal rival, Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), contava com o apoio valioso de seu companheiro de equipe Jasper Philipsen.

“Nos próximos dois ou três anos, esses dois sempre vencerão”
A corrida escancarou a disparidade entre os dois principais ciclistas da atualidade e o restante do pelotão. “Nos próximos dois ou três anos, esses dois geralmente sempre vencerão”, admitiu Voigt, referindo-se a van der Poel e Pogacar. O especialista reconheceu que essa realidade pode ser “frustrante para os outros pilotos”, mas é a “situação atual”, tornando “inevitável” o confronto entre os dois.

Próximo duelo à vista na Liège-Bastogne-Liège
A má notícia para a concorrência é que o próximo embate entre Pogacar e van der Poel já está marcado. Os olhos do mundo do ciclismo se voltarão para a Liège-Bastogne-Liège, agendada para o dia 27 de abril, onde mais um capítulo dessa intensa rivalidade será escrito.