Mudança das alavancas de freio não será total, afirma Presidente da Associação dos Ciclistas Profissionais (CPA)
Após a decisão da UCI de proibir alavancas de freio viradas para dentro em 2024, o presidente da Associação de Pilotos CPA, Adam Hansen, expressou seu apoio à nova regra e detalhou a importância dela para a segurança dos ciclistas.
Em uma entrevista ao site Cyclingnews, o ex-ciclista australiano revelou que, sua função na CPA, em conjunto com Michael Rogers, Chefe de Ciclismo de Estrada e Inovação da UCI, visa proteger os direitos e interesses dos ciclistas.
Alguns ciclistas preocupados com a posição do manete
Hansen fez uma pesquisa entre os ciclistas durante o verão, especialmente em grandes corridas com um número significativo de participantes, para obter feedback sobre as alavancas viradas para dentro. Alguns ciclistas estavam preocupados, e alguns já haviam sofrido quedas devido a essa configuração.
Além das preocupações dos ciclistas, as consultas de Rogers com fabricantes de guidões e cockpits de fibra de carbono foram cruciais. Eles destacaram que girar as alavancas pode alterar o ponto de contato, exercendo pressão extra nas barras e podem causar quebras no material.
Hansen afirma ter visto guidões rachados
Hansen revelou que viu guidões rachados devido ao estresse extra causado por alavancas mal posicionadas. Ele ressaltou que os fabricantes projetam as alavancas para ficarem retas no guidão, e qualquer alteração pode resultar em danos, quedas e, potencialmente, fatalidades.
A imposição da proibição pela UCI visa garantir que ciclistas e mecânicos não coloquem as alavancas além dos limites de estresse recomendados. Hansen defendeu a regra, destacando que é uma medida de segurança vital, não uma regulamentação sem sentido.
Proibição não será total
Apesar das preocupações, Hansen reconheceu que alguns ciclistas apoiaram a ergonomia da posição das alavancas. Ele elogiou a UCI por ouvir os pilotos e esclareceu que a proibição não será total. Haverá um limite para o ângulo que as alavancas poderão ser giradas para dentro, com verificações rápidas realizadas por dirigentes da UCI durante as corridas.
Por fim, Hansen destacou que, a partir de 2025, a UCI não apenas proibirá, mas exigirá que os ciclistas trabalhem em conjunto com os fabricantes para seguir as sugestões e orientações específicas. Isso reflete a abordagem da UCI em ouvir os fabricantes, reconhecendo seu conhecimento sobre os pontos de falha dos guidões.