Apesar de muita discussão, especulações e incertezas, a proposta de fusão entre a Soudal-Quick-Step e a Jumbo-Visma não se concretizará. Conforme afirmado pelo presidente da seleção belga, Bessel Kok, a responsabilidade pelo colapso recai totalmente sobre a Jumbo-Visma.
“Eles conversaram sobre 2024. Essa data não era de todo possível. Como foi possível que as duas maiores equipes do mundo inteiro estivessem falando sobre um período de anos em somente algumas semanas?” Kok questiona em conversa aberta sobre a fusão com o site belga Het Laatste Nieuws.
“Foi um projeto muito complexo. Se você quiser fazer uma fusão dessas, terá que começar com um ano de antecedência. Todas essas coisas deveriam ter sido anotadas com antecedência.”
Segundo o técnico de 81 anos, a fusão foi seria muito mais necessária para a Jumbo-Visma do que para a sua própria equipe. “Acho que houve maior pressa na Jumbo-Visma do que na equipe de Bakala (Zdenek Bakala, maior acionista da equipe belga). Posso imaginar que Richard Plugge será forçado a encontrar fórmulas para acomodar as saídas da Jumbo”, explica.
“Ele tem vários pilotos de ponta com contratos plurianuais. Ele lidera uma das maiores equipes do mundo e enfrenta os mesmos problemas que todas as equipes de ciclismo. O ciclismo é financeiramente muito instável. Plugge olhou para isso inteiramente do ponto de vista financeiro.”
“Acabou estourando na Holanda. Surgiu um problema com o patrocinador holandês Pon. Eles não acharam graça, tenho certeza. E então: bum!, acabou”, conclui o presidente. “
Muitos danos e pouco resultado. Os ciclistas e toda a equipe viveram em total incerteza por várias semanas. Eles são funcionários. Não estou defendendo uma abordagem socialista, mas tudo aconteceu acima de suas cabeças e ninguém disse nada”, finaliza Bessel Kok.