Primoz Roglic é muito mais popular na Eslovênia que Tadej Pogacar, revela treinador de Pogacar
Os eslovenos são uma nação especial para o ciclismo, com dois dos melhores ciclistas do mundo nascidos num país menor que a Bélgica e com apenas 2 milhões de habitantes.
Primoz Roglic muito mais popular que Tadej Pogacar
Apesar da popularidade global dos dois fenômenos, na Eslovênia Roglic é muito mais popular que o seu compatriota. O ex-saltador de esqui é reverenciado quase como um semideus em seu país, enquanto Pogacar não alcança o mesmo status.
Essa disparidade ficou clara de forma bizarra no Tour de France de 2020, quando Pogacar surpreendeu o ao vencer a competição com uma performance incontestável.
No entanto, muitos eslovenos ficaram zangados e desapontados quando, no final, Tadej Pogacar tomou a camisa amarela de Primoz Roglic.
90% da Eslovênia estava triste com vitória de Tadej Pogacar
Um dos poucos eslovenos que ficou muito feliz na altura é o treinador de Tadej Pogacar, quando ele estava na categoria Junior.
“Foi um dia estranho’, disse Miha Koncilija em entrevista ao Het Nieuwsblad.
“Embora 90 por cento da Eslovênia estivesse triste porque Roglic perdeu o Tour de France, havia euforia entre nós.'”
Por que os eslovenos amam Roglic e não Pogacar?
“Ele foi o primeiro ciclista a apresentar grandes performances”, explica Koncilija.
“Como Primoz vem do salto de esqui e retorna repetidamente, após suas muitas quedas, muitas pessoas podem se identificar com ele”.
“Todos os eslovenos apoiam alguém que consegue algo extraordinário. Roglic foi o primeiro a trazer grandes vitórias de volta ao nosso país. Ele já era uma estrela quando Tadej Pogacar ainda não tinha resultados significativos. É por isso que ele sempre permaneceu o amado do esloveno”.
Equipe Pogi
Muitos anos depois, Koncilija está na folha de pagamento de seu ex-aluno. Ele dirige o Pogi Team, time juvenil do Pogacar.
“Tadej nos ajuda financeiramente e também trouxe seus patrocinadores para capacetes, bicicletas, óculos… Assim conseguiremos 200 ciclistas de 6 a 18 anos para pedalar por uma vida melhor”.