Primoz Roglic justifica escolha de fazer o duplo Giro/Tour “por que não? Podemos reverter a pressão”
No encontro durante o “Mídia Day” da Red Bull Bora na Espanha, Primoz Roglic anunciou pela primeira vez o seu ambicioso plano para a nova temporada: disputar tanto o Giro d’Italia quanto o Tour de France. A combinação é inédita em sua carreira e foi justificada com entusiasmo pelo 4x Campeão da Vuelta a España.
“Ainda não experimentei esta combinação”
“Ainda não experimentei esta combinação, mas corro há vários anos. Por que não? Veremos o que é viável. É importante para mim me perguntar como ser o melhor, o que fazer”, disse Roglic, justificando sua decisão.
Ele destacou ainda a importância estratégica de competir no Giro antes do Tour: “Pode fazer sentido participar em um Grand Tour antes do Tour de France, para estar o mais bem preparado possível”.
“O Tour de France é um bônus”
Roglic acredita que uma boa performance no Giro d’Italia trará benefícios tanto individuais quanto coletivos, especialmente no que diz respeito à preparação para o Tour de France. Aos 35 anos, ele busca ainda o título da maior corrida do ciclismo mundial.
“O Tour de France é um bônus. É bom participar do Giro d’Italia, também é bom para a equipe, porque podemos reverter a pressão e trabalhar melhor juntos”, explicou o ciclista.
“Se você vencer lá, não terá mais pressão”
O diretor desportivo da Red Bull Bora-hansgrohe, Rolf Aldag, compartilha do mesmo otimismo e reforça a importância de um bom desempenho na corrida italiana.
“Num cenário ideal, venceremos o Giro. Se você for o melhor lá, restam apenas duas corridas de três semanas e então você não terá mais pressão para vencer uma corrida de três semanas”.
“No Tour de France, a pressão e as expectativas são diferentes. Se Roglic vencer o Giro, a temporada não pode ser considerada ruim”, disse Aldag.
Ele ainda destacou a motivação de Roglič para a temporada: “Sabemos o quão motivado Primož está e sabemos que ele não venceria a corrida na França com facilidade. Dá uma motivação extra, mas sem a pressão de ter que vencer”, finalizou Rolf Aldag.