Remco Evenepoel revela tensão após o grave acidente “caí de cabeça e ombro, meu capacete me salvou”, assista a entrevista
Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) escapou sem fraturas após um grave acidente durante o Critérium du Dauphiné. Vestindo a camisa amarela, Evenepoel enfrentou momentos de grande tensão. “Meu lado direito foi atingido, mas não tenho fraturas. Caso contrário, eu não estaria aqui agora”, relatou o ciclista.
Efeito boliche
Ele descreveu a sequência de eventos que levou ao acidente: “Alguém na quinta ou sexta posição bateu na roda traseira e escorregou. Depois disso, foi um efeito de boliche. Quase consegui me salvar, mas uma bicicleta acabou embaixo da minha roda traseira, do lado direito”.
“Meu capacete me salvou”
“Tentei frear, mas dei uma cambalhota frontal e caí de cabeça e ombro”, contou Evenepoel em entrevista após a etapa. “Meu capacete me salvou hoje”, acrescentou ele.
Mesmo tendo passado por momentos assustadores, Evenepoel se mostrou otimista. “Senti meu ombro doer de novo e também estava sangrando. Espero que minha clavícula ainda esteja no lugar certo, mas teremos que esperar para ver. Foi doloroso e pareceu ruim por um momento, mas está tudo bem. Espero que o resto corra bem. O que é certo: este é mais um dia negro para o ciclismo.”
O acidente ocorreu em um percurso plano, onde não se esperavam maiores problemas. “Foi um pouco especial. Não estávamos realmente lutando pelas primeiras posições, mas se alguém escapar, isso acontece rapidamente”.
Nervosismo no pelotão
“Essa descida nem foi complicada. Havia algum nervosismo no pelotão, todos queriam estar na frente porque estava muito molhado e escorregadio. Mas, infelizmente, isso faz parte do ciclismo. É uma situação que pode acontecer em qualquer lugar.”
Apesar da tranquilidade aparente, o incidente foi bastante perturbador. “Não fiquei com raiva, mas pensei: de novo não? Faltam apenas quatro ou cinco dias para o meu retorno e estamos de volta. Isso causa alguma frustração, especialmente quando você sabe o que acontecerá em três semanas. Não quero correr nenhum risco.”
