Rigoberto Urán critica os jovens no ciclismo atual: “Já vi Chris Froome ser acertado com o cotovelo, perdeu-se o respeito”.
O experiente Rigoberto Urán, após anunciar que 2023 será seu último ano no pelotão profissional, levantou suas dúvidas sobre as diferenças entre as estrelas contemporâneas, como Tadej Pogacar e Remco Evenepoel, em comparação com os ciclistas do passado.
Ele argumentou que uma transformação nos métodos de treinamento, com uma ênfase crescente na importância dos watts, tem sido um fator crucial que alterou significativamente o cenário do ciclismo.
“As pessoas só olham para os watts e ninguém fala com colega de equipe. Agora todo mundo acelera desde o primeiro quilômetro, durante muitos anos. Haverá casos, mas passar dos 32 anos como ciclista profissional vai ser muito difícil”, afirmou o ciclista da EF Education-EasyPost, em declarações divulgadas pela rede colombiana Antena 2.
Comportamento dos jovens no ciclismo atual
Ele também falou sobre o comportamento dos líderes do pelotão hoje em comparação com quando começou a correr: “Outro aspecto que mudou muito, é que antes, quando você tinha 20 anos, se você chegasse muito perto do Cipollini ou de outra estrela, eles mandariam você para o inferno”.
“Agora, um garoto de 20 anos vai para o Tour, com a aspiração de vencê-lo. Já vi uma lenda como Chris Froome, ser acertado com o cotovelo, por um jovem de uma equipe pequena. Quando eu comecei, se você fizesse isso, você sabia onde iria parar.
“O respeito se perdeu também, porque os líderes têm 20 anos e essa hierarquia já mudou. Não existe um líder global, a cada dois anos um se destaca. e dinheiro para protegê-los”, concluiu Urán.