Rui Costa com foco no Il Lombardia, já projeta 2024

O ciclista português Rui Costa, transferiu-se esta temporada da UAE Team Emirates, para a equipe belga Intermarché-Circus-Wanty e praticamente renasceu no ciclismo, somando quatro vitórias e culminando a temporada com uma vitória na Vuelta a España. Atualmente o Campeão Mundial de 2013, treina em altitude, para fechar o ano numa série de Clássicas Italianas, que culminará no Il Lombardia (07.10).

“Desde que soube que ia mudar para a Intermarché senti-me motivado. Era uma nova equipe, outro material… No fundo somos como crianças, quando é tudo novo, a motivação é superior. Foi um ano maravilhoso. Importante por me reencontrar, já tinha saudades de saber o que era ganhar, aquela emoção de entrar nas fugas”, disse em entrevista ao jornal português “O Jogo”.

Balanço da temporada de 2023

“A primeira fase da temporada foi excelente, até à Strade Bianchi, que fechei com um quarto lugar. A segunda fase não foi a melhor. Preparava as clássicas e durante o estágio de altitude fiquei doente duas vezes seguidas. Quase não consegui treinar. Quando recomecei, estava a descer a Serra Nevada e a roda da frente derrapou, acabei caindo e me machucando bastante.”

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“A seguir tive o País Basco, mas sem boa condição. Nas clássicas só me senti melhor na Liège-Bastogne-Liège, mas depois tive a Romandia e um azar logo no prólogo, onde bati o joelho na bicicleta. Perdi várias semanas de treinos. Ainda fiz 15 dias de altitude, o que não era o suficiente para recuperar a melhor forma. Na Volta à Suíça, parecia estar outra vez melhor, mas as circunstâncias daquela corrida… Ter perdido o Gino [Mader] foi um momento muito doloroso”

Não cheguei ao Tour nas melhores condições e talvez por isso foi depois que senti a forma a crescer. Em San Sebastian me senti melhor. Nunca tinha concluído no top-10 e foi isso que me levou a pensar na Vuelta a España. Conversei com a direção da equipe e deram-me luz verde. Foi a melhor opção.

Objetivos para 2024

“Tenho um sonho, o de voltar aos Jogos Olímpicos. E a melhor preparação será fazer o Tour de France. O meu objetivo passa por aí, e fazer também a Vuelta a España, que parte de Portugal. Para mim será um sonho: estar numa equipa do World Tour, a correr uma Grande Volta e sair no meu país é juntar as três peças fundamentais. Sempre desejei correr uma Grande Volta em Portugal. Por isso espero estar presente”, finalizou o português que, se estiver em forma, sem dúvida é uma boa opção para os Jogos Olímpicos de Paris.

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