“Se você não quebrou a clavícula de bicicleta, você não correu o suficiente” Lance Armstrong analisa a caótica 3ª etapa do Tour de France; assista o vídeo

O que começou como uma etapa aparentemente tranquila no Tour de France 2025 rapidamente se transformou em um dia repleto de quedas, reviravoltas e especulações.

No episódio mais recente do podcast The Move, Lance Armstrong, Bradley Wiggins e George Hincapie analisaram os acontecimentos caóticos da terceira etapa, que revelou vulnerabilidades dos favoritos e ofereceu uma vitória inesperada a Tim Merlier.

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“Se você não quebrou a clavícula correndo de bicicleta, então você não correu o suficiente”

O momento mais marcante do dia foi a queda de Jasper Philipsen durante o sprint intermediário, um incidente que terminou com sua retirada da competição e levantou questões sobre segurança e responsabilidade.

“Se você não quebrou a clavícula correndo de bicicleta, então você não correu o suficiente, porque isso sempre acontece”, comentou Lance Armstrong de forma direta. “Ele caiu reto… Normalmente, você consegue tirar um braço do chão, e tem algo para amortecer a queda, bem no ombro direito.”

As imagens mostraram o envolvimento de Bryan Coquard e de Laurenz Rex no acidente. No entanto, Armstrong evitou culpar diretamente alguém: “É preciso analisar onde isso começou. Não acho que a culpa seja de ninguém. É um risco ocupacional do que esses caras estão fazendo.”

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Bryan Coquard estava visivelmente abalado após a etapa

“Tim Merlier avançou sozinho na lateral do pelotão”

Enquanto Philipsen abandonava, Tim Merlier aproveitava a oportunidade e vencia a etapa com autoridade, assumindo também a liderança da classificação por pontos. Para Hincapie, foi uma performance impressionante.

“Ele basicamente avançou sozinho na lateral do pelotão e parecia estar a 10 km/h mais rápido do que o pelotão da frente”, descreveu. “Ele nem precisava dos companheiros de equipe ali.”

Armstrong completou: “Ele estava lá. Ele sabia. Foi apertado, mas ele sabia.”

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“Aquela reta de chegada hoje foi algo que eu não via há algum tempo”

Além de Philipsen, outros ciclistas também sofreram quedas no final da jornada, levantando preocupações sobre o traçado da etapa.

“Achei que estávamos tornando o esporte mais seguro… Aquela reta de chegada hoje foi algo que eu não via há algum tempo”, criticou Wiggins.

Ele relembrou que os organizadores já foram mais cuidadosos: “Houve uma época em que a ASO removia o mobiliário urbano nos últimos 5 ou 6 quilômetros… Parece que nos livramos disso.”

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Queda de Remco Evenepoel

Outro momento crítico foi a queda de Remco Evenepoel, que caiu apenas dois dias antes do contrarrelógio. Embora a equipe tenha comemorado a vitória de Merlier, a situação do belga levantou dúvidas sobre a organização da equipe.

“O moral vai estar muito mais alto na mesa de jantar hoje à noite”, apostou Hincapie.

Wiggins discordou: “O homem deles para a classificação geral está caído no chão… Não há coesão nesse tipo de divisão em termos de objetivos.”

Ele citou o Tour de 2012 da Team Sky como exemplo de como esse tipo de divisão pode afetar o ambiente interno. “Isso causou muito atrito dentro da equipe… Cav querendo vencer etapas e a camisa verde”, lembrou.

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Evenepoel cruzou a linha de chegada com o braço imobilizado, após a queda

“Cav sempre nos dizia: ‘Façam o seu trabalho. Eu vou encontrar vocês”

A conversa terminou com Wiggins trazendo um exemplo clássico de liderança e precisão: Mark Cavendish. Ele explicou como o britânico conseguia manter o controle e a confiança nos momentos finais das etapas.

“Cav sempre nos dizia: ‘Façam o seu trabalho. Eu vou encontrar vocês. Não olhem para trás por mim’”, revelou Wiggins. “Ele ficava calculando o tempo todo, mas de alguma forma ele sempre nos encontrava.”

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