“Tadej Pogacar é o favorito no Mundial de Ruanda”, técnico de Mathieu van der Poel admite favoritismo do esloveno
Koos Moerenhout, atual técnico nacional da seleção holandesa, que comandou Mathieu van der Poel no título mundial em Glasgow, há pouco mais de um ano.
Recentemente, ele visitou Ruanda, local onde será realizado o Mundial de Ciclismo de 2025, e fez sua avaliação sobre o percurso, as chances de van der Poel e por que acredita que Tadej Pogacar é o principal favorito.
“Fiquei agradavelmente surpreso”
Moerenhout demonstrou surpresa positiva em relação à visita ao país africano. “Fiquei agradavelmente surpreendido com Ruanda. No início, você pensa principalmente nos obstáculos: as vacinas, uma longa viagem, as condições climáticas, os hotéis, as estradas e assim por diante. Mas tudo estava em ordem, então ficamos muito satisfeitos com isso”, afirmou ao portal In de Leiderstrui.
Ele também destacou as características geográficas do país. “Ruanda é chamada de terra das mil colinas, e eu entendo o porquê. Na verdade não há um plano de metrô. Será um Mundial muito bonito, não tenho medo disso. Não espero problemas organizacionais”, assegurou Moerenhout, minimizando as questões logísticas que muitos levantaram recentemente.
“Será uma viagem cara, tudo precisa ser transportado para lá”
Apesar de sua confiança na organização do evento, Moerenhout reconheceu que as questões logísticas representam um grande desafio.
“Será uma viagem cara, isso é claro. Tudo precisa ser transportado para lá, o que é diferente de estar na Europa. Com os equipamentos e tudo mais, isso realmente pesa. Para o próximo Mundial, é uma pena que vários países têm que avaliar se pode levar uma equipe completa”, alertou.
Essa dificuldade financeira pode impactar significativamente a participação de alguns participantes. “Se isso for à custa dos juniores e dos Sub-23, então isso não é uma coisa boa. E não é um problema exclusivo da Holanda, porque todos os países terão desafios semelhantes aqui”, comentou.
Mundial compacto em um circuito difícil
Quanto às condições das estradas e ao trajeto em si, Moerenhout mostrou-se otimista, embora tenha ressaltado a dificuldade do circuito. “As estradas são boas. É um Mundial compacto, mas em um circuito difícil. Há uma subida exigente de 800 metros que começa em um campo de golfe. Depois, há outra subida em paralelepípedos”, descreveu.
“Num circuito como Ruanda, Tadej Pogacar é o favorito”
Ele destacou a sequência de subidas como o maior desafio. “Não há uma subida nesse trecho que você diria que um ciclista clássico não consegue superar, mas é principalmente a combinação e a rápida sucessão das subidas”, comparando o percurso às clássicas de paralelepípedos.
Além disso, o trajeto inclui um trecho adicional com uma subida de 6km que promete ser decisiva. “Essa parte também inclui o Mont Kigali, que proporcionará imagens fantásticas nos paralelepípedos”, completou Moerenhout.
”Posso imaginar que será impossível para diversos ciclistas se Pogacar participar, mas a corrida ainda precisa ser realizada. No ano passado, tudo que ele tocou virou ouro, mas isso também pode ser algo diferente. Num tipo de percurso como o do Campeonato Mundial de Ruanda, ele é o principal favorito, isso é certo.’
