“Tom Pidcock subiu o Poggio mais rápido que os três líderes” treinador de Pidcock admite frustração com resultado do britânico
Tom Pidcock (Q36.5) foi uma ausência notável no grupo líder da Milan-Sanremo, quando a prova entrou no seu momento decisivo. No entanto, apesar de não ter sido visto na frente da corrida, o britânico teve um desempenho impressionante, após se recuperar de uma queda que passou despercebida pelas câmeras.
O incidente na Cipressa
Antes da prova, Pidcock havia declarado que poderia acompanhar Tadej Pogacar no Poggio. Porém, na parte final da competição, ele não apareceu entre os protagonistas.
“Tom estava lá quando o acidente aconteceu no sopé da Cipressa. Ele perdeu 25 segundos lá”, lamentou seu treinador, Kurt Bogaerts. “No lado esquerdo, três ciclistas caíram e Tom estava entre eles.”
Nas imagens de TV, apenas Damien Touzé (Cofidis) e Aurélien Paret-Peintre (Decathlon-AG2R) ficaram visíveis no chão. “Tom já havia partido naquele momento, iniciando uma corrida alucinada para recuperar o atraso”, explicou Bogaerts.

“Tom subiu o Poggio mais rápido que os três líderes”
Determinado a voltar para a disputa, Pidcock acelerou e ultrapassou diversos ciclistas pelo caminho. “No topo, ele quase perdeu a chance de se conectar com o grupo atrás do trio líder Pogacar-Van der Poel-Ganna. Então Tom fez uma Cipressa muito rápida”, avaliou Bogaerts.
Na transmissão, foi possível ver o britânico, especialista em descidas, se juntando ao grupo perseguidor pouco depois. No Poggio, ele deu tudo para alcançar os líderes.
“Tom subiu o Poggio e teve um ritmo de escalada mais rápido que os três líderes. Mas, no final, acabou sendo alcançado nos quilômetros finais”, analisou o treinador.

Após o grande esforço, Pidcock não teve forças para acelerar novamente e cruzou a linha de chegada em um decepcionante 40º lugar. “É um pouco frustrante terminar seu primeiro bloco de competições assim”, admitiu Bogaerts.
“Tom deu um passo à frente em termos de números”
Apesar do resultado abaixo do esperado, Pidcock mostrou evolução na temporada. “Lembramos que Tom deu um grande passo à frente em termos de números nesta temporada. Depois de cada corrida, ele foi para casa com um sentimento positivo, exceto no sábado”, ressaltou seu treinador.
Agora, Pidcock se concentrará em sua preparação para as clássicas das Ardenas. “Tom treinou por três semanas em Andorra, onde mora. Isso é em altitude, então podemos chamar de um Training Camp de três semanas”, afirmou Bogaerts.

Treinamento para possível convite ao Giro d’Italia
O Q36.5 também aguarda uma participação possível no Giro d’Italia. “Se a equipe receber um wildcard, Tom tem que estar mental e fisicamente pronto para isso. É por isso que agora estamos agendando esse bloco de treinamento”, explicou o treinador.
Caso a equipe não seja selecionada para o Giro, o Pidcock poderia voltar às clássicas flamengas? “As corridas flamengas não estão na agenda no momento. Mas isso sempre pode mudar”, concluiu Bogaerts.