Tom Pidcock é considerado um fenômeno no ciclismo, mas, apesar de suas vitórias consistentes em três tipos diferentes de bicicletas, o britânico de 24 anos, da INEOS Grenadiers, tem sido alvo de críticas.
Pidcock tem deficiência em andar sentado
Analistas têm comentado sobre o desempenho de Pidcock em competições clássicas de Flandres, observando que ele é excelente quando está pedalando em pé, mas tem menos potência quando está sentado no selim.
O treinador de Pidcock, Kurt Bogaerts concorda com essa observação, afirmando que eles estão trabalhando para melhorar o poder de Pidcock enquanto ele está sentado.
“Estamos trabalhando nisso. Tom precisa melhorar sua habilidade no selim”, disse o treinador belga de Pidcock.
“Você não deve enfatizar os watts finais durante um esforço, mas sim a técnica de execução do esforço. Um dos meus comentários sobre Tom é que ele prefere consumir alguns watts a menos, mas ainda ficar sentado no selim. Assim ele poderá aprimorar essa técnica e se acostumar mais com ela.”
Processo passa por grandes ascensões
As ambições de classificação em corridas por etapas e Grand Tours devem ajudar Pidcock com seu estilo de ciclismo. “Esse também é um processo contínuo, onde ele se beneficiará de subidas mais longas, onde poderá andar com uma boa frequência no selim por mais tempo. É ótimo que ele tenha essas áreas para melhorar e que possamos prestar atenção nelas. Mas, ao mesmo tempo, temos de manter a sua força.”
Deficiência em grandes distâncias?
Mais um ponto de crítica a Pidcock, se referem às grandes distâncias. Corridas de Ciclocross de uma hora, corridas de Mountain Bike de noventa minutos e a Strade Bianche tiveram 185 km. Em corridas de mais de 200 quilômetros, Pidcock não teve sucesso. Um problema com o limite de 200 quilômetros?
“Discordo totalmente dessa afirmação”, diz Bogaerts. “Se você olhar para a Strade Bianche no sábado passado, Tom rodou muito bem acima de 200 km. Ele registrou seus melhores números lá. Estávamos lidando com um ciclista extremamente forte (Tadej Pogacar), que atacou de muito longe. No entanto, Tom fez um final muito forte”.
“Os exemplos não param por aí. “Na Liège-Bastogne-Liège no ano passado, Remco (Evenepoel) Foi melhor e Tom tentou segui-lo. No final recuperou-se e terminou em segundo, numa corrida de 250 km. No longo prazo, essas corridas longas se tornarão até mesmo seu ponto forte. Comparado a Pogacar e Evenepoel, Tom precisará de um pouco mais de tempo para chegar ao ponto final de sua carreira”, finaliza o treinador belga.