UCI altera regras de transferências e inclui pesadas multas, quebras de contrato podem penalizar ciclistas, equipes e agentes

A União Ciclística Internacional (UCI), revisou seus regulamentos de transferência, introduzindo mudanças significativas nas categorias WorldTour e Pro-Continental. As novas regras incluem a implementação de dois períodos de transferência e a introdução de penalidades rigorosas para a quebra de contrato, abrangendo ciclistas, equipes e agentes.

Períodos de Transferência

Os novos regulamentos da UCI estabelecem dois períodos distintos de transferência:

  1. Primeiro Período de Inscrição: De 1º a 15 de agosto, permitindo que os atletas troquem de equipe durante a temporada com efeito imediato.
  2. Segundo Período de Inscrição: De 15 de outubro a 31 de dezembro, para transferências válidas para a temporada seguinte.

Além desses períodos, ciclistas sem contrato vigente ou que tenham rescindido seu contrato com consentimento mútuo também poderão se inscrever em novas equipes fora dessas datas específicas.

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Nairo Quintana precisou aguardar o início de 2024, para definir sua situação com a Movistar, após rescisão com a Arkéa-Samsic

Penalidades por Quebra de Contrato

A mudança mais notável nos regulamentos da UCI diz respeito às consequências para ciclistas que rescindem contratos de maneira unilateral sem a devida autorização.

Casos como as transferências de Wout van Aert da Vérandas Willems-Crelan para a (então) Jumbo-Visma e de Cian Uijtdebroeks da BORA-hansgrohe para a Visma-Lease a Bike destacaram a necessidade de medidas mais rígidas.

Agora, a UCI pode atuar como árbitro para avaliar a validade de uma rescisão unilateral de contrato. Se for determinado que a rescisão foi indevida, a UCI está autorizada a impor multas e suspensões.

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Transferência de Cian Uijtdebroeks para a Visma-Lease a Bike causou polêmica

Detalhes das Penalidades

Caso um tribunal competente decida que a rescisão unilateral não é legalmente válida, as penalidades são severas:

  • Piloto: Deve pagar uma indenização à equipe atual, equivalente ao valor restante de seu salário até o término do contrato, com um mínimo de seis meses de salário. Além disso, o piloto pode ser suspenso por três meses.
  • Nova Equipe: Será multada com um valor equivalente a três meses de salário da equipe atual e pode ser proibida de registrar novos pilotos por doze meses.
  • Agente: Enfrentará uma multa equivalente a um mês de salário da equipe atual do piloto e pode perder a licença UCI por um mês.

Essas medidas têm como objetivo coibir a tendência de descumprimento de contratos, promovendo maior estabilidade e respeito aos acordos estabelecidos.

Exceção

Uma ressalva importante é que se um piloto mudar de equipe sem receber um aumento salarial, essa rescisão não será considerada um abuso e, portanto, não será penalizada.

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