Volta a La Comunitat Valenciana gravemente ameaçada com 95% dos materiais destruídos; UAE Team Emirates venceu em 2024

A realização da Volta a La Comunitat Valenciana em 2025 é incerta. A tradicional prova por etapas, vencida em 2024 por Brandon McNulty (UAE Team Emirates) estava prevista para ocorrer de 5 a 9 de fevereiro, no entanto agora a competição enfrenta grandes dificuldades para sua 76ª edição.

Os danos causados pelas chuvas torrenciais e inundações devastadoras que atingiram a região de Valência no final de outubro ameaçam a continuidade do evento.

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As imagens impressionam

Depósito perdeu 95% dos materiais de competição

As imagens das enchentes que assolaram Valência chocaram a todos. Segundo os últimos dados, mais de 200 pessoas perderam a vida na província em decorrência das intensas chuvas e enchentes. Além das vidas humanas, o impacto material é igualmente devastador.

Em Massanassa, o armazém da Volta a La Comunitat Valenciana foi seriamente afetado, ficando completamente inundado e resultando em uma perda de cerca de 95% dos materiais da competição.

“Vamos limpar tudo, jogar fora todas as coisas quebradas e, quando terminarmos, faremos um balanço e anotaremos as perdas”, declarou Ángel Casero, diretor da prova e ex-vencedor da Vuelta a España em 2001, à agência de notícias EFE.

A situação coloca em risco a realização do evento, e a apresentação do percurso, anteriormente planejada para dezembro, será adiada. “Temos que esperar até ao final de novembro para ver como está a situação nestes locais, como estão os subsídios para o próximo ano e o que vai acontecer”, completou Casero.

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Pódio da 75ª Volta a La ComunitatValenciana com Santiago Buitrago, Brandon McNulty e Aleksandr Vlasov

“O problema é que nunca acaba”

Atualmente, o foco da organização tem sido a remoção da lama e a avaliação das perdas. Casero mencionou que pretendia visitar os locais de partida e chegada neste período do ano para organizar os detalhes logísticos do evento. No entanto, a realidade agora é outra.

“Não fazemos nada além de tirar lama e jogar coisas fora”, disse ele, ao relatar o impacto contínuo das enchentes. “O problema é que nunca acaba: não importa quantas vezes você limpe, todas as ruas ficam lamacentas e tudo flui de volta.”

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Riscos e avaliação financeira

Casero destacou a complexidade da situação e os desafios para reavaliar o evento. “A única função que temos agora é deixar tudo mais ou menos limpo, organizado e em bom estado”.

“Depois veremos que material nos resta, avaliaremos o seu valor econômico, discutiremos a questão do seguro e veremos se temos tempo para reproduzir o que foi perdido”, finalizou o diretor, sem esconder sua decepção.

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