Giulio Ciccone afirma que “o ciclismo mudou completamente nos últimos 5 anos e não tem como comparar com outra época”
A Itália continua em busca de um “novo Nibali” que possa vencer a classificação geral. A atual esperança cai nos ombros de Giulio Ciccone. Há algum tempo, e neste 2023, ele mudou seu plano: adeus à pressão para a Classificação Geral para se tornar um “vencedor de etapa”.
Depois de um bom 2023, um ano novo emocionante, aguarda o vencedor da Classificação de Montanha, do último Tour de France, dentro de uma estrutura que, com a chegada da Lidl como patrocinador, tem a ambição de se tornar a melhor equipe do mundo. Em uma recente entrevista ao Marca, Ciccone abriu o jogo, sobre suas expectativas para 2024.
Lidl-Trek com mudanças importantes
“Tudo mudou e chegaram grandes ciclistas, está tudo muito mais sólido e forte. No momento não finalizamos o plano, estamos discutindo os programas, mas em princípio gostaria de ir ao Giro porque para os italianos é sempre a nossa corrida favorita”.
Mas há também o Tour , que em 2024 “começa na Itália. Talvez eu pudesse fazer essa duas provas, mas é algo que ainda tenho que fechar com a equipe”, revela o vencedor da Classificação de Montanha do Giro, em 2019.
Novo patrocinador, mais pressão
Com a chegada do novo patrocinador, as metas foram elevadas para todos. “A pressão aumenta. Todos temos que ter um melhor desempenho. O Lidl não escondeu o desejo, de que esta equipe se torne a melhor do mundo. Com isso, tudo vai mudar um pouco: o calendário, as expectativas, a pressão…
Para o italiano, que renovou seu contrato até 2027 pela sua equipe, este novo ciclismo “exige muito de nós porque o descanso é muito curto e o período de atividade é muito longo. Os detalhes, a alimentação e tudo mais, isso exige muito esforço e sacrifício, mas, mesmo assim, fazemos com boa vontade.”
“O ciclismo mudou completamente. É muito diferente do que era há 5 ou 7 anos. Fazer comparações com o passado é, digamos, errado, porque toda a dinâmica” mudou. Vivemos numa geração em que o ciclismo tem alguns fenômenos que, na minha opinião, não víamos há muito tempo. Tudo é muito mais difícil”, finalizou o italiano.
