Miguel Angel Lopez pode ficar livre para voltar ao esporte, promotora pede a retirada das acusações na operação Ilex
O Ministério Público espanhol interpreta que, apesar das supostas evidências da Guarda Civil que parecem testemunhar o contrário, Miguel Ángel López não cometeu nenhum crime. O relatório da promotora Sonia Castañeda Redondo é muito diferente daquele da Unidade Operativa Central (UCO).
Ela, como relata o site espanhol Ciclo21, não acredita que López tenha cometido qualquer infração. Em seu relatório de 3 de dezembro de 2023, a promotora Castañeda se concentra em três das oito pessoas investigadas: Vicente Belda García, ex-diretor esportivo da Astana; e o casal Ángel Vázquez e Luis Vicente Otín.
Menotropina foi encontrada com o grupo
A Menotropina, comercialmente conhecida como HMG-Lepori, é o elemento comum entre eles, já que foi encontrada com eles e posteriormente enviada por diferentes rotas. Dr. Marcos Maynar, a figura central das investigações, segundo a UCO, nunca o prescreveu diretamente, buscando complicar sua identificação ao eliminar a marca comercial nos envios. Uma das principais divergências reside na interpretação da Menotropina.
Promotora diverge da Guarda Civil
Enquanto a promotora considera que é uma droga legalmente autorizada, a Guarda Civil sustenta que foi utilizada para fins de doping, violando as normas antidopagem da Agência Mundial Antidoping (WADA), causando danos físicos a López.
Além disso, ainda de acordo com as informações do Ciclo 21, a aplicabilidade do artigo 362 do Código Penal é questionada pela promotora, alegando que é um crime de resultado que exige o risco à vida ou à saúde do atleta, critério não compartilhado pela Guarda Civil.
A divergência é acentuada pelo fato de que Maynar planejou a participação de Miguel Ángel López no Giro d’Italia 2022, incluindo as injeções, e enviou os frascos de Menotropina para Belda García, que sofreu consequências adversas após sua administração durante a corrida.
Promotora pede o arquivamento das acusações
Apesar dessas evidências, a promotora Castañeda solicita o arquivamento provisório das três pessoas investigadas mencionadas, alegando falta de indicações racionais de criminalidade. Isso gera incerteza sobre o futuro do caso, já que se espera a posição do Ministério Público sobre os outros investigados.
O futuro judicial de Maynar, Bartolomé, Belda Vicedo, Bernal e Pereira, e a possível acusação da UCI contra “Superman” López, estão pendentes das decisões tomadas pela promotora após avaliar as evidências apresentadas.
A incerteza persiste e o novo juiz designado para o caso terá que determinar a direção do processo judicial em andamento. Enquanto isso, a UCI está observando de perto para decidir se as evidências apoiam as alegações de práticas de doping contra López, com possíveis sanções de até quatro anos ou absolvição final.