Após fratura, português Rui Oliveira retorna no Giro d’Italia “me sentindo muito bem, prevejo coisas boas”
O ciclista português Rui Oliveira está pronto para enfrentar seu segundo Giro d’Italia e seu quinto Grand Tour, com uma série de desafios e expectativas à sua frente.
Com 27 anos de idade, o ciclista de Vila Nova de Gaia, embarca nesta jornada com duas missões: repetir o sucesso apresentado na Vuelta a España, ao embalar o sprinter Juan Sebastián Molano e apoiar Tadej Pogacar na conquista da classificação geral.
Dupla função no Giro d’Italia
Em declarações à Agência Lusa, Oliveira compartilhou sua perspectiva sobre as prioridades da equipe, afirmando: “Antes de partirmos para o sprint, talvez em todas as etapas tenhamos que salvaguardar Tadej. Esse é o objetivo principal e estamos cientes disso”.
“Talvez haja dias em que será difícil até mesmo ir ao sprint para ajudar Molano, porque terei de desempenhar outras funções. Ele (Pogacar) é a prioridade, sabemos que pode vencer o Giro e esse é o objetivo principal”.
Nunca se sabe o que pode acontecer
Rui Oliveira também descarte objetivos individuais para esta edição do Giro, afirmando: “Se Molano vencer, para mim meu objetivo será cumprido. A equipe não espera que eu vença uma etapa, mas nunca se sabe o que pode acontecer, é uma corrida muito caótica”.
Recentemente, Oliveira passou quase três semanas treinando com Molano na Colômbia, focando nos sprints da Corsa Rosa. Sobre essa preparação, ele comenta: “Foi importante porque pudemos trabalhar aspectos técnicos, sprint e lançamento, que só é possível afinar estando juntos, e estamos muito confiantes no que está por vir. Acho que vai ser um bom Giro para nós”.
Retorno após queda na Bélgica
Este Giro d’Italia marca o retorno de Oliveira à competição desde sua queda em Omloop Het Nieuwsblad, onde fraturou o rádio esquerdo (braço), o que acabou por deixá-lo ausente de toda a temporada de clássicas da primavera.
“Trabalhei muito desde a minha queda, talvez como nunca antes, para ficar em boa forma. Vindo da Colômbia, nestes primeiros dias estou me sentindo muito bem. Prevejo coisas boas, mas apenas a estrada e os quilômetros dirão o que pode acontecer”.
Único lusófono na competição
Em uma nota pessoal, Oliveira expressa a sensação de ser o único ciclista a falar português no Giro d’Italia.
“Claro que gostaria de ter aqui todos os portugueses que correm no estrangeiro e podem fazer Grand Tours, mas (eles) têm outros objetivos, e com razão. Vai ser uma falta no pelotão ouvir o português sendo falado”.