Ciclista da Lidl-Trek revela que abandonou a dança para tentar a vitória no Tour de Flandres e não esconde paixão por batatas
No cenário competitivo do ciclismo mundial, o nome de Toms Skujiņš tem ganhado destaque após uma série de performances impressionantes em algumas das corridas mais desafiadoras do circuito. O ciclista da Letônia, que compete pela equipe Lidl-Trek, tem demonstrado grandes performances em terrenos bastante variados, algo notável para um atleta originário de um país conhecido majoritariamente pelos seus esportes de inverno.
Quem é Toms Skujiņš?
Nascido na pequena cidade de Sigulda, Skujiņš encontrou no ciclismo uma paixão além do Hóquei no Gelo, esporte muito popular em sua terra natal. Apesar de ter começado tarde no mundo das pedaladas, aos 15 anos, sua determinação e talento o levaram a conquistas significativas, destacando-se entre elas, um segundo lugar na Strade Bianche, somente atrás de Tadej Pogacar.
No entanto a resposta para o seu bom resultado nas clássicas de paralelepípedos, pode estar na sua incrível adaptabilidade e amor pelas clássicas belgas, uma paixão que o faz sentir em casa nas famosas corridas de kasseien (pavês) de Flandres.
Sua performance na temporada atual tem sido extraordinária, com um segundo lugar na Strade Bianche e uma notável oitava posição na E3 Saxo Classic. Aos 32 anos, Skujiņš prova que a idade pode ser apenas um número quando se tem determinação e uma boa estratégia de preparação.
A Dança: um Elemento Chave na Preparação de Toms
Em uma revelação surpreendente, Skujiņš atribui parte de seu sucesso recente ao abandono de uma paixão antiga: a dança tradicional letã. “Parei de dançar fora da temporada”, explica ele.
“A dança folclórica é muito popular na Letônia. Adoramos dançar e cantar. Mas sacrifiquei isso para ter mais energia para treinar. Essa é toda a verdade. Uma vez a cada cinco anos acontece o Festival de Canção e Dança da Letônia . Pense nisso como os Jogos Olímpicos para os letões”.
“Num estádio lotado, milhares de pessoas dançam, exibindo todos os tipos de símbolos e ornamentos letões. É muito legal. Então eu não faço mais isso, agora só aprecio.”
A paixão por batatas
Outro fato sobre o excêntrico letão: ele é um embaixador da batata. Na Letônia, a batata está incluída como padrão em todas as refeições do dia: no café da manhã, almoço e janta. Agora a questão é… será que ele se atreverá a experimentar batatas fritas flamengas depois de uma boa atuação neste domingo?
“Certamente! Eu comeria no café da manhã in Flanders, hahaha! Na verdade, pouco antes desta entrevista visitei a fábrica de batatas Agristo da família Wallays em Wielsbeke. Foi super legal ver como eles fazem batatas fritas flamengas. Acho que vou levá-los no domingo de qualquer maneira!”, finalizou o letão sem esconder seu sorriso.
