Conheça a difícil história de vida de Felipe Nystrom, o costariquenho, que Mathieu Van der Poel empurrou na Copa do Mundo

Felipe Timoteo Nystrom Spencer tem uma participação especial no Ciclocross. O costarriquenho de 40 anos, cuja mãe tem raízes escandinavas, conseguiu competir na modalidade, repetidas vezes com campanhas de crowdfunding.

Pessoa com muito carisma

Em termos de nível, ele não tem destaque entre os melhores ciclistas holandeses e belgas, mas é acima de tudo, uma pessoa carismática, que costuma receber carinho dos torcedores flamengos e que até reserva tempo para selfies com os torcedores durante as provas.

Isso também aconteceu ontem, mas naquele momento teria sido melhor olhar para trás: Mathieu van der Poel estava chegando. Para evitar que caísse para o lado inclinado, deu-lhe um empurrão.

Vício em cocaína

O costarriquenho vai superar esse empurrão, porque já superou coisas muito piores. Ele sofria de depressão e vivia nas ruas, viciado em drogas e álcool. As coisas foram de mal a pior, com os ciclista chegando a cometer sete tentativas de suicídio.

Na tentativa de número sete, ele disse para si mesmo enquanto preparava a overdose de cocaína: Se de alguma forma eu acordar amanhã, vou realmente fazer algo a respeito. Um dia depois, ele acordou e cumpriu a promessa que fez a si mesmo.

Recuperação e trabalho como intérprete

Ele se recuperou lentamente, mudou-se para a América (Portland, Oregon) e descobriu os esportes. Em 2014 venceu um triatlo, com roupa de neoprene alugada e bicicleta alugada. Ele se dedicou cada vez mais ao ciclismo, por meio da plataforma online Zwift. Correu tão bem que ele se sagrou campeão nacional, em 2019.

Depois de largar completamente o vício, ele também restaurou os laços familiares, inclusive com o filho de quinze anos. Hoje, ele trabalha como intérprete, ajudando pessoas em hospitais e tribunais que não falam inglês.