Diretor do Tour de France: “Em 2024 teremos quatro grandes campeões, Pogacar, Vingegaard, Roglic e Evenepoel, em quatro equipes diferentes”
O diretor do Tour de France, Christian Prudhomme, expressou preocupação com a proposta de fusão da Jumbo-Visma e Soudal-QuickStep, temendo que Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel na mesma equipe pudesse impactar o espetáculo da corrida.
No entanto, o colapso do plano, com a mudança de Primoz Roglic para a Bora-Hansgrohe, resultará na presença dos quatro principais candidatos ao Tour, competindo por equipes diferentes em 2024, o que acabou sendo elogiado pelo francês, em uma entrevista ao jornal espanhol AS.
Col du Galibier já na 4ª etapa
O Tour de 2024 apresentará uma rota nova que inclui uma passagem antecipada pelo Col du Galibier, já na 4ª etapa 4, mas Prudhomme minimizou a ideia de que a etapa poderia antecipar o final da competição, antes da chegada em Nice.
“Eu não acho. Temos sorte de ter ciclistas excepcionais, que atacam quando é esperado, mas também quando ninguém imagina”, disse Prudhomme.
“Tadej Pogačar atacou na Champs-Elysées [em 2023]. Ele sabia que não iria vencer a geral, mas ainda estava tentando.
Preocupação com a fusão da Jumbo-Visma e Soudal Quick-Step
“O que me preocupou um pouco, foram os rumores sobre a fusão da Jumbo e da Soudal, com Jonas e Remco na mesma equipe. Mas em vez disso, haverá quatro grandes campeões, Pogacar, Vingegaard, Roglic e Evenepoel, em quatro equipes diferentes, o que deverá ser um excelente Tour de France.”
Final inédito
Pela primeira vez na história, o Tour terminará fora da área de Paris, a fim de evitar um confronto com os Jogos Olímpicos, que começam em 26 de julho. O Tour de 2024 terminará em Nice, em 21 de julho.
O novo final apresenta um Contrarrelógio no último dia pela primeira vez, desde que Greg LeMond derrotou Laurent Fignon finalmente em 1989.
O percurso de 34 km desde Mônaco é exigente, com os ciclistas a escalar La Turbie e o Col d’Èze a caminho da chegada à beira-mar na Promenade des Anglais.
Prudhomme reconheceu que seu cenário ideal, seria uma repetição do drama de última hora apresentado por Fignon e LeMond em 1989.
“Sonhamos com isso, obviamente, mas não sabemos qual será a realidade”, disse Prudhomme. “No passado recente, vimos que um Contrarrelógio no final do Tour pode mudar tudo, como em 2020 em La Planche des Belles Filles com Pogacar e Roglic.
“Será um Contrarrelógio difícil, com mais de 30 km de extensão e 700 metros de ascensão. É um dia para campeões. Para os campeões do Tour de France.”