Ex-Campeã Mundial não recorrerá, após doping por possível leite contaminado: “Não tenho forças nem dinheiro”

Shari Bossuyt teve um resultado positivo para Letrozol em março de 2023. A Campeã Mundial de pista (Madison) e atual competidora da equipe Cayon-SRAM Racing dedicou os últimos 11 meses na busca por evidências que comprovassem sua inocência. No entanto, essa tarefa revelou-se infrutífera devido à ausência de meios para demonstrar a contaminação, através da ingestão alimentar.

Este caso é semelhante ao do ciclista de Ciclocross Toon Aerts, que também apresentou resultado positivo para a mesma substância, imediatamente após eventos na cidade de Flamanville, França, conforme o Giro do Ciclismo revelou anteriormente. Apesar de competirem em modalidades diferentes do esporte, ambos foram afetados por esse incidente.

Suspensão de 2 anos

Ambos receberam banimentos de 2 anos após longas batalhas. Bossuyt anunciou o recebimento da suspensão pela agência antidoping:

“No dia 4 de dezembro, recebi a decisão da AFLD (agência antidoping) com uma proposta de minha suspensão. Como esperado, eles propuseram uma proibição de dois anos. Confirmam e reconhecem o fato, de que a contaminação pode não ter sido intencional. Mas não podemos, como aconteceu com Toon Aerts, provar a origem da contaminação. Por essa razão, eles não podem limitar ainda mais a punição.”

Portanto, a proibição permanecerá até março de 2025, o que significa mais um ano sem competir para a jovem de 23 anos. “Não tenho forças nem dinheiro para isto”, conta.

“A sensação de travar uma batalha perdida, as noites sem dormir de preocupação constante e o sofrimento financeiro de ter de gastar dezenas de milhares de euros num negócio já perdido porque, me fez decidir deixar por isso mesmo…”, finalizou Shari Bossuyt.