Jonas Vingegaard fala sobre controverso método utilizado por equipes profissionais “é como fumar um cigarro, muita gente fuma todos os dias”

Na conferência de imprensa da pré-temporada da Visma Lease a Bike, Jonas Vingegaard, bicampeão do Tour de France (2022 e 2023), abordou um tema polêmico levantado pela Union Cycliste Internationale (UCI).

A organização pediu à Agência Mundial Antidopagem (AMA) que tome uma posição sobre o uso da inalação de monóxido de carbono no ciclismo, os chamados Rebreathers de CO.

Equipes alegam que utilizam o método como avaliação

Durante o último Tour de France, vencido por Tadej Pogacar, foi revelado pelo site Escape Collective que algumas equipes, incluindo a Visma Lease a Bike, a UAE Team Emirates e a Israel-Premier Tech, utilizaram recicladores de monóxido de carbono.

O objetivo seria avaliar valores sanguíneos antes e depois de Training Camps de altitude, uma prática que potencialmente melhora a capacidade aeróbica dos atletas.

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Rebreather de CO da Detalo Health, modelo utilizado pelas equipes do ciclismo profissional

“É como fumar um cigarro, muita gente fuma todos os dias”

Em suas declarações, Jonas Vingegaard destacou o uso legítimo do método em sua equipe. “Eu entendo que poderia ser mal utilizado, mas nunca soube que poderia ser. Acho que disse antes que o estávamos usando apenas para testar se a treinamento em altitude funciona ou não”.

“O que ouvi é que, se usado incorretamente, pode substituir o treinamento em altitude e, nesse caso, pode haver problemas de saúde. Mas não é assim que fazemos. Vamos usar”, explicou o dinamarquês.

Ainda sobre os riscos associados, Vingegaard minimizou comparações ao afirmar: “O que ouvi é que quando você usa uma vez só, é a mesma coisa que fumar um cigarro, e quer dizer, tem muita gente que fuma cigarro todos os dias.”

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Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard admitem que equipes utilizam o controverso método

“É claro que seguirei as recomendações da UCI”

Jonas também demonstrou total abertura para seguir possíveis restrições impostas pela AMA. “É uma questão difícil, e vou aceitar. É claro que seguirei as recomendações da União Ciclista Internacional e da Agência Mundial Antidopagem sobre isso”.

“Então, se eles proibirem isso, é claro que não o farei. Nunca mais farei isso”, finalizou Jonas Vingegaard.

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