Jonas Vingegaard revela o terror que viveu durante grave acidente “não conseguia respirar, então tossi sangue, era o fim”
Para Jonas Vingegaard, o ano de 2024 será lembrado pelo terrível acidente ocorrido na Volta ao País Basco. O dinamarquês foi levado às pressas para uma ambulância usando uma máscara de oxigênio, em uma cena que assustou fãs e colegas de equipe.
Apesar de ter se recuperado completamente e alcançado os melhores números de sua carreira no Tour de France, Vingegaard admitiu que, logo após o incidente, temeu seriamente pela própria vida.
Pânico durante a Volta ao País Basco
Em um episódio recente do programa dinamarquês “Sportssommeren 2024: Sekunder vi husker”, que estreia neste sábado, Vingegaard refletiu sobre os momentos de terror que viveu enquanto caiu no chão, sentindo dor e incapacidade de se mover.
Com sete costelas quebradas. Uma fratura do esterno. A clavícula em vários pedaços, um dedo quebrado e ambos os pulmões perfurados. Esse foi o diagnóstico dos médicos quando Vingegaard foi internado com urgência.
– Não conseguia respirar nos primeiros dez segundos. Sabia que algo está errado, revela Jonas Vingegaard sobre o momento após cair no chão durante a descida.
– Quando finalmente consegui respirar novamente, tossi sangue.
“Pensei que era o fim”
“Eu acho que tenho algum sangue interno que significa que vou me afogar no meu próprio sangue ou morrer por hemorragia”, relembra ele com brutal honestidade. “Então, sim… Foi quando pensei que era o fim.”
O acidente também envolveu outros grandes nomes do ciclismo, como Primoz Roglic, Remco Evenepoel e Jay Vine, que também precisaram de atendimento hospitalar. Para Vingegaard, no entanto, o impacto foi especialmente grave.
“Enquanto estava deitado pensando nisso, Pensei que, se sobrevivesse, pararia de pedalar. Agora estou aqui, então não fiz isso. Mas você pensa nisso”, afirmou o bi campeão do Tour de France, sem conter as lágrimas.
Jonas Vingegaard chora muito
A esposa de Vingegaard, Trine Vingegaard Hansen, também apresentou sua experiência angustiante no programa, especialmente pelo fato de que as emissoras de TV continuavam repetindo as imagens do acidente.
“Eu só dizia: ‘merda, merda, merda, merda, merda, merda, merda'”, relembra ela de forma emocionada. À meia-noite do mesmo dia, Trine Marie Vingegaard Hansen e Frida chegam ao hospital local na região espanhola.
À meia-noite do mesmo dia, Trine Marie Vingegaard Hansen e Frida chegam ao hospital local na região espanhola. Ela ainda não chorou. Não na viagem até lá, e não agora, quando ela está com a filha na frente do marido na cama do hospital.
“Quando ele fica ali deitado, acho que o que acontece é que fico forte. Pelo menos não sou eu quem tem que ficar ali chorando nessa situação”, diz Trine Marie Vingegaard Hansen.
Jonas Vingegaard chora muito. Ele tem Frida, Trine e seu filho que ainda não havia nascido em mente.
“Afinal, Trine estava grávida. Tive muita dificuldade em suportar isso”, lembra Jonas Vingegaard.
Uma volta por cima extraordinária
Felizmente, Vingegaard conseguiu se recuperar totalmente e voltou às competições no mais alto nível. No Tour de France de 2024, ele registrou os melhores números de sua carreira, apesar de ter perdido a camisa amarela para Tadej Pogacar.
O episódio não apenas marcou a trajetória do ciclista, mas também demonstrou sua resiliência em superar um dos momentos mais assustadores de sua vida.