Polêmico ciclista tem nova oportunidade na Soudal QuickStep e afirma: “diziam que eu era preguiçoso, que não treinava”
Em 2024, o polêmico Gianni Moscon correrá pela Soudal QuickStep, tendo feito a mudança fora da temporada, após dois anos decepcionantes na Astana Qazaqstan Team. Em uma entrevista ao site holandês indeleiderstrui, o italiano deu detalhes da sua passagem pela equipe do Cazaquistão e sua expectativa na nova equipe.
Últimos anos foram difíceis
“Os últimos dois anos foram muito ruins”, resume ele em poucas palavras.
“Às vezes não sentia respeito, parecia um idiota nessas corridas. E aí pessoas da Astana Qazaqstan Team também começaram a falar que eu era preguiçoso, não fazia exercícios e tudo mais. Isso não era verdade!”
“É muito mais fácil ser ciclista quando você está vencendo. Nunca senti que andar de bicicleta fosse um sacrifício para mim, nunca. Esse não foi o caso até os últimos dois anos porque não recebi nada em troca dos meus sacrifícios.”
Soudal Quickstep
“É ótimo ser ciclista novamente. Tenho a confiança de que posso participar novamente”, diz ele com um sorriso.
“Quando entrei para a equipe não tinha moral nem autoconfiança, mas quando entrei para a equipe, em meados de novembro, foi imediatamente diferente. Cada pessoa com quem conversei tinha mais confiança em mim do que eu mesmo. Isso me deu confiança novamente”, revela Moscon, sem esquecer de dizer quem foi o responsável pela transferência.
“Patrick (Lefevere, CEO da equipe) é o elemento mais importante da história. Sem ele eu não estaria aqui, sou uma aposta para ele. Ele queria um ciclista como eu, que anda mal há dois anos… isso é difícil de conseguir. Talvez eu seja um bom investimento, por assim dizer…”, sorri Moscon.
Objetivos para 2024
Quando se trata dos objetivos, Moscon está na longa lista do Soudal Quick-Step. “É difícil dizer agora, porque temos que esperar até as primeiras corridas. Mas acho que poderia ajudar o Remco em muitas situações, como nas montanhas médias ou nas etapas planas. Posso ser a melhor versão de mim mesmo.”
Mas o verdadeiro sonho, é claro, ainda é uma grande vitória. “Se eu puder sonhar com ousadia, diria vencer uma clássica. Roubaix, por que não? Estive perto, mas é mais fácil perder do que ganhar. Tenho notado isso nos últimos anos”, finalizou o italiano de 29 anos.