A UAE Team Emirates está em Lisboa, para uma possível terceira vitória em Grand Tour nesta temporada. Após triunfar no Giro d’Italia e no Tour de France, a equipe volta seu foco para La Vuelta, embora sem a presença de sua estrela, Tadej Pogacar, vencedor das últimas duas competições.
Decisão sobre Tadej Pogacar
Segundo o diretor da equipe, Joxean Fernández Matxin, trazer Pogacar para La Vuelta seria a escolha óbvia, mas a decisão de poupá-lo foi tomada com base em uma visão de longo prazo, conforme revelou o dirigente ao jornal espanhol MARCA.
“Seria fácil colocá-lo nessa competição, mas Pogacar é essencial não apenas para este ano, mas para o futuro. Embora não esteja nos nossos planos imediatos. Se ele participasse, teríamos quatro Grand Tours em pouco mais de um ano. Não queremos forçar os limites”, comentou o diretor.
“Tivemos o desafio de fazer um trabalho melhor, porque em 2023 conseguimos pódio no Giro com Almeida, segundo e terceiro no Tour com Pogacar e Yates e estávamos perto do pódio com o Ayuso, mas não conseguimos”.
“Queríamos vencer os Grand Tours, mas a tripla vitória (Giro-Tour-Vuelta) não era um objetivo. Queremos ser o melhor time do mundo e permanecer lá”, reiterou Matxin, deixando claro que o foco está na construção contínua de sucesso.
A estrutura da UAE para La Vuelta
Com La Vuelta no horizonte, a UAE Team se mantém cautelosa. “Temos uma boa oportunidade, mas há pessoas como Roglic, que sabem melhor do que nós o que significa vencer esta corrida”.
“Vamos com um grande bloco com dois líderes como Almeida e Yates, com muito bons ciclistas no apoio, como McNulty, Soler ou Sivakov, que será melhor que no Tour, com Del Toro que estreia e não podemos pressioná-lo, mas que está entusiasmado… vamos lutar pela vitória”.
Ausência de Juan Ayuso justificada
A ausência de Juan Ayuso como reserva também chamou atenção, especialmente após seu desempenho nos Jogos Olímpicos. “No momento em que não conseguiu terminar o Tour ele me disse que iria preparar LaVuelta, mas nunca teve bons números”.
“Fiquei surpreso com o desempenho que ele teve nos Jogos porque ele não tem tido bons números, ele teve que ir para não falhar com a equipe e com seu país. Mas uma Vuelta não é uma corrida de um dia, onde as primeiras horas são um pouco mais calmas”.
Assim, com uma equipe sólida, mas sem a pressão sobre os ciclistas mais jovens, a UAE Team Emirates tentará repetir o feito alcançado pela Jumbo-Visma no ano passado, quando Roglic, Jonas Vingegaard e Sepp Kuss conquistaram o Giro, o Tour e La Vuelta, respectivamente.