Tao Geoghegan Hart revela não ter tido entusiasmo, em sua ida para a Lidl-Trek

Ciclista britânico revelou que mudança de equipe, aconteceu em meio à difícil recuperação das lesões no quadril, ocorridas durante o Giro d’Italia de 2023.

Desde aquele fatídico 17 de maio, quando Geoghegan Hart foi cuidadosamente retirado da pista e conduzido para Gênova numa ambulância, o atleta de 28 anos, tem travado uma batalha para se recuperar da completa imobilidade.

Durante esse período desafiador, ele ganhou uma nova perspectiva sobre o que significa ser um atleta de elite. Após mudar da INEOS Grenadiers para a Lidl-Trek, Geoghegan Hart iniciou um novo capítulo em sua carreira.

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Tao com o novo uniforme

Em uma conversa com o site britânico GCN, ele compartilhou sobre sua experiência fora da bolha do ciclismo, descrevendo-a como “outra vida”.

“Para vocês é normal, mas para mim ter um horário todos os dias, ser alguém às nove, depois fazer isso às 10 e aquilo às 11, era um estilo de vida muito diferente. Não sei como as pessoas fazem isso”.

Recuperação na Holanda durou meses

A recuperação de uma lesão tão grave exigiu vários meses, com sessões diárias de fisioterapia, realizadas sob supervisão rigorosa na Holanda. Mesmo após o retorno inicial, persistiam consideráveis dúvidas. Somente no final de setembro, tanto o ciclista, quanto sua equipe médica, puderam afirmar com certeza que ele estaria apto a participar do Training Camp da Lidl-Trek, em dezembro.

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Training Camp da equipe na Espanha

“Ninguém pode prever isso. Principalmente quando conhecem a realidade. Mas não tenho nada agora, não há restrição de flexibilidade, não tenho mais diferença de força e todos os testes que fiz, parecem muito bons”. 

Transferência de equipe em meio à lesão

“Não tive ansiedade e, por outro lado, nenhum entusiasmo”, diz ele quando questionado se a mudança de equipe durante a lesão, aumentou suas preocupações em relação ao futuro.

“Era muito estranho assinar contrato naquela época e pensar em ser ciclista profissional em qualquer equipe estando tão longe. Eu não conseguia andar, não conseguia dobrar a perna. Eu não podia fazer nada. Não sei se isso é uma pena, porque se pensar nisso agora, talvez devesse haver entusiasmo em ingressar em uma nova equipe. Afinal, esta é a primeira vez que troco de equipe e tudo isso é uma experiência nova para mim.”

“Se eu não tentasse algo agora, provavelmente teria feito de forma diferente. Tenho tantos amigos na INEOS Grenadiers e sentirei falta de todos lá. Havia uma ótima equipe e ciclistas naquela equipe”.

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