Ciclista causador da queda de Richard Carapaz se defende “Carapaz bateu na minha roda traseira, lamento não foi minha intenção”
O incidente envolvendo o bloqueio na estrada durante a etapa de quarta-feira na Vuelta a España continua a gerar polêmica e discussões no pelotão. O episódio, que resultou na queda de Richard Carapaz (EF Education), foi objeto de discussão sobre a ação da Decathlon AG2R, liderada por Ben O’Connor.
O bloqueio controverso
Na quarta-feira, a 92 km, a Decathlon AG2R La Mondiale decidiu que a luta pela fuga do dia havia atingido seu limite. Como é comum nessas situações, impuseram um bloqueio no pelotão para impedir novos ataques.
Cinco ciclistas da equipe tentaram bloquear o caminho de qualquer tentativa de fuga adicional, mas a situação se agravou quando Richard Carapaz, ao tentar ultrapassar, foi impedido por um dos ciclistas da AG2R, resultando em sua queda. Em resposta, o júri da prova aplicou cartões amarelos a três membros da equipe.
Respostas às críticas de Richard Carapaz
Ben O’Connor, que havia inicialmente comentado o incidente nas redes sociais, mas apagou sua mensagem posteriormente, expressou sua discordância com a decisão dos árbitros. “Não acho que fizemos nada de errado. Conversamos com a EF e está tudo claro. Não houve hostilidade”.
“Geoffrey (Bouchard) não fez absolutamente nada, então não entendo a punição aos outros membros da minha equipe. Eu também estava na frente e não recebi cartão amarelo, nem Wout van Aert, que estava ao meu lado. O que isso significa? Eu realmente não entendo.”
Causador da queda se defende
Geoffrey Bouchard, o ciclista diretamente envolvido no incidente com Carapaz, defendeu-se afirmando que o ocorrido não foi intencional. “Carapaz bateu na minha roda traseira. Não sei o que aconteceu com ele quando caiu, eu mesmo perdi o pedal e quase caí”.
“Lamento que ele tenha caído, mas não foi minha intenção e não houve agressividade. Inclusive, conversei com o diretor esportivo dele e não houve ressentimentos.”
Diretor esportivo endossa defesa de Bouchard
O diretor esportivo da Decathlon AG2R, Cyril Dessel, corroborou a versão de Bouchard, afirmando que não houve nenhuma tentativa deliberada de derrubar Carapaz.
“Nós e os ciclistas somos pessoas sérias. Não houve nenhum movimento para tentar derrubar o Carapaz. Aceitamos a punição, mas acredito que foi muito severa. Tenho a impressão de que as redes sociais influenciaram a decisão.”